segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

I INTERUNESP CONTRA OPRESSÃO



Foi com esta imagem, exibindo a instalação "super profissional" do evento (aspas minhas) que noticiaram, no dia seguinte ao evento, no jornalZINHO de Marília:

Unesp de Marília vira “terra de ninguém” em festival proibido
O “FESTIVAL Interunesp Contra a Opressão”, realizado pelo diretório dos estudantes, ocorre dentro da universidade de Marília sem qualquer tipo de impedimento neste final de semana, mesmo proibido pela direção do campus de Marília - 05/12/10

O “FESTIVAL Interunesp Contra a Opressão”, realizado pelo diretório dos estudantes, ocorre dentro da universidade de Marília sem qualquer tipo de impedimento neste final de semana, mesmo proibido pela direção do campus de Marília. Segundo nota da assessoria, punições, suspensões, expulsões ou outro tipo de sanção contra a desobediência estudantil deve ocorrer somente a partir desta segunda-feira.
Enquanto isso, alunos de diversos campi da Unesp, bem como convidados da cidade, tem livre acesso, bem como transitam e utilizam as dependências da instituição estatal sem qualquer tipo de controle ou medidas de segurança oficial.
O evento tem finalidade cultural e ideológica, com apresentações musicais, teatrais e circenses programadas para três dias de atividades. O protesto é contra o preconceito e a opressão, criticando, inclusive, a violência e repercussão da última edição de um festival semelhante, ocorrido em Araraquara, que ficou conhecido na mídia como o “Rodeio das Gordas”.
Com a participação de grupos teatrais, bandas, circo, palestras, artistas plásticos, cartunistas e outros, o festival reúne cerca de 20 bandas e grupos, com programação que varou a madrugada de sexta para sábado e previa ocorrer o mesmo ontem e hoje, em 24
horas de atrações ininterruptas, desde as 15h de anteontem.
Na noite desta sexta-feira (4) cerca de 200 alunos de diversos campi participaram da festa, montando ainda barracas para a hospedagem dentro das instalações do campus. O ambiente de liberdade sem restrições, sem policiamento, sem segurança, sem permissão, demonstrou claramente que tudo estava permitido.
Um dos organizadores do evento, Daniel Ocalini, disse que todos os organizadores estão cientes da punição que irão receber após a realização do evento proibido. “Eles já deixaram avisado a todos que vão abrir processo contra a gente (organizadores), não vamos cancelar o evento por isso e agüentar as consequências”, explica.
Já um dos participantes da festa, vindo da Unesp de Franca, Antonio Montenegro, declarou que o evento que começou no início da noite com apresentação de teatro e bandas musicais. “O evento foi até as 6h00 da manhã e ninguém proibiu a gente em nada, pudemos curtir de boa” garantiu.
A Direção da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp chegou a procurar a imprensa para esclarecer que está legalmente impedida de autorizar a realização do evento no Câmpus de Marília, por causa de uma Portaria nº 89/2006, da Congregação daquela Unidade. Avisou os organizadores, alertou sobre o risco de punição, mas não tomou nenhuma atitude para impedir a realização da festa, o ingresso de participantes, o acampamento e uso das dependências da unidade.
Segundo nota da assessoria de imprensa do campus de Marília, somente na segunda-feira, após a realização do evento, é que a diretoria local irá tomar alguma atitude.
Nenhum diretor, funcionário da administração, ou responsável pelo campus foi encontrado na unidade ou por telefone. No campus, apenas o público do evento estava espalhado por toda a unidade.

link - http://www.correiomariliense.com.br/materia.php?materia=9348

terça-feira, 16 de novembro de 2010

INTERUNESP DE VERDADE

INTERUNESP EM MARÍLIA DIA 27 DE NOVEMBROOOO! :D
AMIGOS, SEGUE ABAIXO O CHAMADO PARA A CONSTRUÇÃO DE UM "INTERUNESP-ATO".

Chamado aos artistas! Construamos o festival-ato INTERUNESP contra a opressão!



A última edição do INTERUNESP na cidade de Araraquara foi palco de cenas de violência explicita contra a mulher com o chamado “rodeio de gordas”. Este consistia em que os homens inscritos em uma competição montassem em cima da estudante ridicularizando-a perante todos que estavam participando da festa. Este ato nos revela o quanto se naturalizou a imposição de um padrão estético aos corpos femininos e a idéia da mulher como objeto ao desfrute dos homens.

Na Universidade de São Paulo, nos deparamos no começo deste ano com a proposta de premiação por parte um jornal organizado por um grupo de estudantes para quem “arremessasse fezes em um gay” e mais recentemente com as agressões físicas contra um casal de homossexuais em uma festa da Escola de Comunicação e Artes (ECA). Ainda na capital paulista, vemos o surgimento de um movimento que pede a morte de nordestinos e que já planejam até atos por uma “São Paulo para os paulistanos”.

O Diretório Central dos Estudantes da Unesp-Fatec, em resposta a execrável atitude ocorrida no INTERUNESP convocou a realização de um grande Festival contra as opressões. O chamado à construção do festival abre o debate sobre o papel que deve cumprir as manifestações artísticas e atuação dos artistas em geral. Estes se colocaram muitas vezes na linha de frente contra as tendências retrógradas que teimam voltar às cenas. Reivindicamos este setor importante de artistas que sempre foi o mais corajoso em combater com sua arte as tendências preconceituosas e autoritárias de todo tipo. Foi assim na ditadura militar com Chico Buarque, Teatro Oficina, Geraldo Vandré entre muitos. Recentemente, acolhemos com entusiasmo o apoio de Tom Zé e BNegão entre outros quando das perseguições do governo do estado ao combativo sindicato dos trabalhadores da USP.

A partir disso, convidamos a todas/os artistas que se colocam na perspectiva de superação da discriminação e opressão a construírem este grande festival que será realizado nos dias 27 de novembro no campus da UNESP/Marília.

Enquanto entidade estudantil estamos encontrando dificuldades financeiras para a realização do festival. No entanto, antecipamos que estamos dispostos a arcar com todas as despesas com estadia e transporte daqueles que se propuserem a se apresentar durante o festival. Além disso, iniciamos uma campanha financeira para tentar arcar com as despesas do festival, portanto, estamos abertos a conversar sobre o pagamento dos próprios shows, ainda que ressaltamos que este chamado tem o objetivo de sensibilizar os/as artistas de participarem solidariamente do mesmo.

Também chamamos a todos os que não possam participar, que façam uma declaração filmada ou escrita, que digam se podem participar de outras atividades em outra data e local ou se podem dar outro tipo de colaboração à esta importante campanha.



Os artistas e as artistas devem se colocar contra estas violências!

Construamos uma grande campanha contra a opressão!



Diretório Central dos Estudantes da UNESP/Fatec – Helenira Rezende dceunespfatec.blogspot.com

Entre em contato com o DCE para organizarmos juntas/os essa luta: dceunespfatec@gmail.com

Telefone: Daniel (14) 8804-0557

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

INTERUNESP e Rodeio de Gordas

Repasso aqui mensagem do pessoal do DCE para os estudantes... se é que podemos nos intitular isso. Acho que a mensagem não é só contra o INTERUNESP, mas contra a falta de espírito do estudante brasileiro...

Declaração do DCE da Unesp – Fatec sobre o “rodeio das gordas” no InterUnesp



É com profunda indignação que nós do Diretório Central dos Estudantes manifestamos nosso repúdio aos estudantes idealizadores e executores da violência contras as mulheres intitulada "rodeio das gordas".

O feito animalesco destes execráveis estudantes expressa dentro da Universidade os valores mais conservadores da sociedade: o racismo, a opressão às mulheres, a homofobia etc. A estigmatização do corpo das mulheres por um padrão de beleza é uma das facetas mais nefastas desta sociedade. A naturalização - por parte da sociedade, através da mídia, de seus intelectuais e das próprias instituições que dissimulam a violência e opressão, - de um padrão estético e de uma imagem abusiva e de consumo das mulheres enquanto objetos de desfrute dos homens criam uma criminosa legitimidade para barbaridades como esta ou como a agressão a um casal de homossexuais numa festa organizada pela Atlética (mais uma vez as Atléticas!) da ECA-USP (realizada no último dia 23 de outubro). Elemento fundamental, ignorado, desse padrão estético é a perpetuação quase inconsciente do racismo já que a medida da beleza, do correto, da normalidade é a pele branca, os cabelos lisos e o corpo esbelto e jovem.

O meio universitário deveria irradiar os valores mais avançados da sociedade. Isso se fez real em vários momentos históricos, com as/os estudantes cumprindo um papel questionador e transformador, se lançando contra arcaicos preconceitos como fez a juventude nos anos 60. Este legado é o que deveria seguir primando, pois sem ele a universidade perde grande parte de seu sentido: a de pensar criticamente, buscando as potencialidades ainda não realizadas de si mesma, e da sociedade de conjunto. Mas não o faz. Casos como este mostram que por trás do discurso da “excelência” das universidades estaduais paulistas, está não somente um projeto excludente com o filtro do vestibular, mas essencialmente conservador em seu conteúdo ideológico, como podemos ver na ausência da discussão sobre racismo, machismo e homofobia nos currículos e a falta de incentivo às pesquisas e extensão que trabalham com esses temas.

O Interunesp foi criado pela reitoria com o nome "Jogos Unesp", em meados dos anos 70, em meio à ditadura militar, quando as/os estudantes cumpriam importante papel se organizando para combatê-la. Atualmente, este evento é organizado por “estudantes” associados nas Atléticas, recebe patrocínio de empresas como a Skol, Freegels e a Kraft Foods, movimenta milhões de reais e é o meio pelo qual alguns “estudantes” enriquecem fazendo carreira como promotores de eventos, além de desfrutar do respaldo da reitoria que, por exemplo, até no calendário oficial da UNESP, prevê e divulga anualmente o InterUnesp. Também é importante destacar que esta burocracia acadêmica, que sempre nega qualquer auxílio de transporte para as atividades do movimento estudantil, financiou com a maior tranqüilidade vários ônibus para o Interunesp neste ano, mesmo tendo conhecimento que este espaço legitima a opressão.

Um pouco de experiência com as diretorias e reitoria da UNESP ajuda a perceber o distanciamento entre seus propósitos e os interesses da humanidade. Os casos de violência contra a mulher são abafados pela reitoria e direções locais em cada oportunidade que assim conseguem fazer. São vários os casos de assédios, e até de estupro, dentro dos campi, que os administradores da Universidade omitem da própria comunidade acadêmica (funcionários, estudantes e professores). Além disso, a saída que apontam as “comissões de investigação” da burocracia acadêmica, escolhidas a dedo por diretores e reitoria, já chegaram ao ponto de punir as vítimas e deixar livre o agressor - como foi o caso ocorrido na UNESP de Rio Claro, em 2008, quando uma comissão criada pela diretoria do campus não puniu um aluno estuprador, mas sim sua vítima acusando-a de ter incentivado à ação. A postura que tomam estes administradores não pode ser compreendida sem destacarmos o poder que concentram a partir de uma arcaica e antidemocrática estrutura de poder onde são eleitos por uma pequena casta de professores (além dos reitores, que são escolhidos diretamente pelo governo do estado, como foi o caso de João Grandino Rodas, USP), ficando praticamente ausente a opinião de funcionários e estudantes.

Em declaração pública sobre o caso, no site da Unesp, a reitoria deixa um posicionamento vago quanto à punição aos estudantes que cometeram a violência, tentando se isentar em base nos procedimentos burocráticos aos quais o caso deve ser submetido. O que não vem a público é que a punição aos movimentos em defesa da universidade pública e democrática é imediata e voraz. Por exemplo, neste momento 14 estudantes da moradia da USP estão ameaçados de expulsão, sindicalistas do SINTUSP são demitidos e processados e estudantes da UNESP de Bauru também estão sendo perseguidos. Ou seja, dois pesos, duas medidas. De um lado a conivência e do outro a repressão aberta contra aqueles que resistem aos ataques à universidade pública e contra as políticas de maior elitização.

Também não faltam medidas para tentar impedir a realização de verdadeiras festas dos estudantes isentas das brutalidades que aconteceram no Interunesp, como se expressa atualmente na ofensiva contra o "IFCHSTOCK", na Unicamp, com ações judiciais, sindicâncias e invasão da PM no campus para apreender toda a infra-estrutura da festa. É importante ressaltar que o "IFCHSTOCK" ocorre há anos naquela Universidade, sendo um importante espaço de manifestação cultural e apropriação do espaço público para fins públicos. Diante disso, as/os estudantes do Instituto de Economia da UNICAMP, onde está ocorrendo a repressão, decidiram fazer uma heróica greve, que se enfrenta com esse cerceamento das liberdades estudantis sobre a universidade e também contra a repressão que a reitoria quer impor aos estudantes.

O que entrelaça esta fina rede de interesses é o projeto de privatização para a educação, baseado na exclusão da maior parcela da juventude, principalmente da juventude trabalhadora e pobre, mas também na aplicação de um ensino restritivo, meramente voltado à qualificação de mão-de-obra, em detrimento do caráter reflexivo do conhecimento que se espera dessas instituições e que é materializado por esses mesmos senhores que não punem atrocidades como esta, pois são coniventes com a visão de mundo e projeto de sociedade ali representados.

A reflexão sobre este caso específico, ou seja, sobre a opressão e violência às mulheres nas universidades deve se dar à luz do contexto das eleições nacionais, onde vimos os candidatos a presidência desse país disputarem o posto de quem é o maior inimigo dos direitos democráticos das mulheres e dos homossexuais, numa enorme campanha contra o direito ao aborto e ao casamento igualitário, contribuindo para uma cultura e ambiente hostis aos direitos democráticos das mulheres, dos negros e homossexuais, enfraquecendo os que lutam por eles e fortalecendo os que reproduzem essa moral opressora, favorecendo práticas como o “rodeio de gordas”.

Defendemos uma sociedade livre, onde as pessoas possam ser gordas ou magras, hetero ou homossexuais etc., sem serem punidas, agredidas e humilhadas por isso. Defendemos o fim de toda e qualquer forma de opressão às mulheres e também uma universidade realmente pública, que seja um centro difusor de conhecimento e uma ideologia não opressora, e que toda a população tenha acesso. Não somente condenamos, mas combatemos práticas como o "rodeio de gordas", que na verdade estão presentes nas universidades desde os trotes aplicados por veteranos contra ingressantes, quando também não são poucos os casos de agressão, humilhação, assédio, machismo etc. Louvamos a iniciativa das estudantes de Assis que denunciaram o caso e que impulsionaram o primeiro ato em resposta a essa atrocidade, realizado semana passada, no campus de Assis e nos somamos aos gritos dessas/es colegas, assim como de todas/os em geral que estão indignados com esse fato, de “Abaixo a ditadura da beleza!”

Como resposta a essas agressões e perseguições não podemos ter nenhum sopro de confiança nas diretorias e reitoria. Para a superação definitiva dessas práticas e a punição aos agressores, é necessária uma ampla campanha, com todos os instrumentos de divulgação, como cartazes, notas públicas, vídeos, manifestação de intelectuais, abaixo-assinados, atos, debates, que desde já nós do DCE nos propomos a organizar, impulsionando uma ampla campanha, além da criação de uma comissão de investigação que seja independente da reitoria e direções locais e que se enfrente diretamente com as intenções apaziguadoras dos administradores e, quem os escolheu, o governo do estado. Colocamos-nos a construí-la efetivamente, somando forças com todos os setores progressivos da sociedade

É nesse sentido que chamamos todas/os as/os estudantes, funcionários, professores, bem como todas as organizações políticas, grupos feministas, de direitos humanos, sindicatos e movimentos sociais em geral, para que juntos possamos construir um amplo ato no próximo dia 17, em frente a reitoria da UNESP no Anhangabaú em São Paulo , declaradamente contra a opressão e a violência às mulheres, mas também em defesa da permanência estudantil em nossas faculdades que já vem sendo motivo de mobilização e que levou a realização de um importante ato no último dia 15 de outubro com mais de 100 estudantes. Também queremos levantar a demanda de expansão de vagas com verbas para que seja com qualidade, assim como nos manifestarmos contra a reforma universitária tucana que vem sendo implementada nas estaduais paulistas, com João Grandino Rodas assumindo a dianteira destes ataques. Apoiamos e nos somamos a todas as iniciativas e atos locais organizados em repúdio a essa violência como o ato que ocorrerá amanhã (04/11) no campus da UNESP de ASSIS.

Também vamos organizar um grande Festival INTERUNESP Contra a Opressão nos dias 26 e 27 de novembro que possa ser um espaço de confraternização em contraponto às festas que legitimam as opressões. Chamamos a todos as/os estudantes a se integrar de todas essas ações contra a opressão a começar realizando assembléias de base até o dia 11/10 para organizar atos, atividades e debates locais e a participação nestas atividades gerais.





Para darmos um basta à opressão e violência às mulheres, todos ao ato na reitoria da UNESP no próximo dia 17!



Organizar um grande Festival INTERUNESP contra as opressões!



Pela punição aos agressores que praticaram o “rodeio de gordas” no INTERUNESP!



Nenhuma confiança nas diretorias e reitoria que abafam os casos de violência às mulheres e não punem os agressores, Comissão Independente de Investigação para apurar o caso!



Por uma ampla campanha em todas as Universidades contra o machismo e a opressão!



Diretório Central dos Estudantes da UNESP/Fatec – Helenira Rezende dceunespfatec.blogspot.com

Entre em contato com o DCE para organizarmos juntas/os essa luta: dceunespfatec@gmail.com

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Assembléia estadual - ANEL - 16 de Outubro

Carta chamando a construção da assembléia estadual da ANEL dia 16 de outubro

Na última assembléia estadual da ANEL votamos o indicativo para uma nova assembléia a ser realizada dia 16 de outubro. Infelizmente a executiva estadual da ANEL, que tem caráter provisório, não pôde se reunir nos últimos dias para discutir essa resolução específica sobre sua tarefa em construir a próxima assembléia que seria no dia 16.

A despeito dessa dificuldade, nós da gestão Terra em Transe do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp achamos de extrema necessidade que essa assembléia seja construída efetivamente nesse momento. Sabemos que há diversas universidades estaduais em processo de lutas e mobilização, ao mesmo tempo que o governo se prepara, punindo e perseguindo desde já os lutadores e os focos de resistência, para implementar com "sucesso" seu projeto de educação que notoriamente ataca as universidades e escolas públicas. Na USP, ao mesmo tempo que se persegue os grevistas do semestre passado, um novo projeto que visivelmente é um ataque ao ensino público superior, um dos mais profundos do último período, está sendo desenvolvido. Ele consiste em cancelar os cursos de baixa demanda, no sentido da adaptação e especialização completa dos cursos para o mercado de trabalho, a partir do estrangulamento de verbas para os institutos que não aceitarem tal projeto, retomando os decretos de 2007. A Fundação Santo André passa agora por uma dura luta pela diminuição das abusivas mensalidades ao mesmo tempo que a reitoria as aumenta. Nas UNESPs há foco de lutas em diversos campi, por exemplo, contra a repressão aos lutadores e contra as opresões dentro da universidade. Na Unicamp hoje vivemos um combate duro contra a terceirização e pelos direitos dos trabalhadores terceirizados, que já gerou inclusive ataques diretos e demissões políticas - medidas essas que estamos lutando para reverter. Há também uma campanha no IFCH (Instituto de Ciências Humanas) por contratação de professores e funcionários, ao mesmo tempo em que surge de suas obscuras camarilas acadêmicas um projeto de um novo instituto de humanidades, sobre o qual nada muito concreto se sabe: se haverá contratação de novos professores, verbas exclusivas, ou até mesmo que tipo de conhecimento será gerado nele. Para nós tem parecido um verdadeiro buraco negro que tende a sugar e desmanchar os cursos de humanas já agonizantes de nossa universidade.

Sendo assim, achamos fundamental haver uma assembléia estadual da ANEL capaz de unificar estas lutas, fortalecer o movimento estudantil, que possa nos preparar para resistir e refutar ao projeto de universidade que o projeto burguês para a educação vem implementando em escala mundial. Inclusive pois sabemos que tal projeto é uma resposta à crise econômica mundial que temos assistido se alastrar ultimamente. O que faz destas lutas decisivas para estarmos moralizados e bem localizados na correlação de forças para próximo período.

Outro elemento objetivo que facilita e ao mesmo tempo nos impõe a construção desta assembléia é o fato de que dia 15 haverá um ato em São Paulo organizado pelas UNESPs, no qual alguns setores do movimento estudantil da USP e da UNICAMP estão discutindo de se incorporar também. Dando-nos corpo político e facilidades práticas.
Frente a isto, desde a base da ANEL, a fim de superar obstáculos surgidos, nós da Gestão Terra em Transe do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp chamamos a todas as entidades, organizações e membros estudantis da ANEL a colocar em prática a resolução da última assembléia estadual referente a construir dia 16 de outubro nossa próxima assembléia, tendo em vista não só o momento político em que estamos, mas também nossa avaliação de que com certeza será possível sua construção se a começarmos desde já.

Gestão Terra em Transe - 2009/2010.

sábado, 9 de outubro de 2010

70 anos de Lennon

No mesmo ano que temos 70 anos sem Trotsky,
temos aniversário de 70 anos de Lennon.
Divertido :D

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Soul LET'S DANCE

Um som que Moita me passou e que é fantástico.
Posto o blog pra dar um norte nesse fantástico mundo.

http://sacundinbenblog.blogspot.com/