terça-feira, 12 de outubro de 2010

Assembléia estadual - ANEL - 16 de Outubro

Carta chamando a construção da assembléia estadual da ANEL dia 16 de outubro

Na última assembléia estadual da ANEL votamos o indicativo para uma nova assembléia a ser realizada dia 16 de outubro. Infelizmente a executiva estadual da ANEL, que tem caráter provisório, não pôde se reunir nos últimos dias para discutir essa resolução específica sobre sua tarefa em construir a próxima assembléia que seria no dia 16.

A despeito dessa dificuldade, nós da gestão Terra em Transe do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp achamos de extrema necessidade que essa assembléia seja construída efetivamente nesse momento. Sabemos que há diversas universidades estaduais em processo de lutas e mobilização, ao mesmo tempo que o governo se prepara, punindo e perseguindo desde já os lutadores e os focos de resistência, para implementar com "sucesso" seu projeto de educação que notoriamente ataca as universidades e escolas públicas. Na USP, ao mesmo tempo que se persegue os grevistas do semestre passado, um novo projeto que visivelmente é um ataque ao ensino público superior, um dos mais profundos do último período, está sendo desenvolvido. Ele consiste em cancelar os cursos de baixa demanda, no sentido da adaptação e especialização completa dos cursos para o mercado de trabalho, a partir do estrangulamento de verbas para os institutos que não aceitarem tal projeto, retomando os decretos de 2007. A Fundação Santo André passa agora por uma dura luta pela diminuição das abusivas mensalidades ao mesmo tempo que a reitoria as aumenta. Nas UNESPs há foco de lutas em diversos campi, por exemplo, contra a repressão aos lutadores e contra as opresões dentro da universidade. Na Unicamp hoje vivemos um combate duro contra a terceirização e pelos direitos dos trabalhadores terceirizados, que já gerou inclusive ataques diretos e demissões políticas - medidas essas que estamos lutando para reverter. Há também uma campanha no IFCH (Instituto de Ciências Humanas) por contratação de professores e funcionários, ao mesmo tempo em que surge de suas obscuras camarilas acadêmicas um projeto de um novo instituto de humanidades, sobre o qual nada muito concreto se sabe: se haverá contratação de novos professores, verbas exclusivas, ou até mesmo que tipo de conhecimento será gerado nele. Para nós tem parecido um verdadeiro buraco negro que tende a sugar e desmanchar os cursos de humanas já agonizantes de nossa universidade.

Sendo assim, achamos fundamental haver uma assembléia estadual da ANEL capaz de unificar estas lutas, fortalecer o movimento estudantil, que possa nos preparar para resistir e refutar ao projeto de universidade que o projeto burguês para a educação vem implementando em escala mundial. Inclusive pois sabemos que tal projeto é uma resposta à crise econômica mundial que temos assistido se alastrar ultimamente. O que faz destas lutas decisivas para estarmos moralizados e bem localizados na correlação de forças para próximo período.

Outro elemento objetivo que facilita e ao mesmo tempo nos impõe a construção desta assembléia é o fato de que dia 15 haverá um ato em São Paulo organizado pelas UNESPs, no qual alguns setores do movimento estudantil da USP e da UNICAMP estão discutindo de se incorporar também. Dando-nos corpo político e facilidades práticas.
Frente a isto, desde a base da ANEL, a fim de superar obstáculos surgidos, nós da Gestão Terra em Transe do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp chamamos a todas as entidades, organizações e membros estudantis da ANEL a colocar em prática a resolução da última assembléia estadual referente a construir dia 16 de outubro nossa próxima assembléia, tendo em vista não só o momento político em que estamos, mas também nossa avaliação de que com certeza será possível sua construção se a começarmos desde já.

Gestão Terra em Transe - 2009/2010.

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